Sobre nós
No cenário atual, quando importantes culturas apresentam naturalmente baixos níveis de tolerância à seca e de resistência a insetos-pragas e nematoides, a quebra da resistência de novas cultivares e os complexos mecanismos de resposta da planta aos estresses ambientais associados (abióticos e bióticos), juntamente com o pequeno número de genes caracterizados e introgredidos foram relatados. Portanto, a busca por novos genes ou moléculas envolvidas na tolerância ou resistência a pragas ou seca é imperativa, bem como seu empilhamento para transformar cultivares adaptadas a diferentes condições climáticas e de solo.
Nesse contexto, o “INCT Biotec Seca-Pragas” propõe a integração de diversos grupos de pesquisa brasileiros e parceiros internacionais, especialistas em fisiologia vegetal, transcriptômica, epigenética, proteômica, bioinformática e genômica funcional. O grupo de pesquisa integrado visa desenvolver uma rede multidisciplinar e multi-institucional com excelência nacional e internacional para geração de ativos biotecnológicos aplicados ao milho, soja e algodão visando tolerância ao déficit hídrico e controle de pragas (Meloidogyne spp., Helicoverpa armigera e Spodoptera frugiperda). Este projeto inclui a prospecção, isolamento, caracterização e validação funcional de genes e moléculas envolvidas na resistência a pragas e tolerância ao déficit hídrico.
Os ativos gerados serão aplicados no desenvolvimento de produtos biotecnológicos como bioinseticidas e plantas geneticamente modificadas de soja, milho e algodão, com tolerância/resistência múltipla aos estresses estudados (piramidação). Além disso, os ativos gerados neste projeto, o conhecimento em fatores moleculares e fisiológicos relacionados à tolerância à seca e interação com pragas e outros estresses ambientais contribuirão para prevenir, mitigar e adaptar-se ao impacto causado pelas mudanças climáticas.
Paralelamente à sua agenda científica, os grupos de pesquisa do INCT não pouparão esforços para promover a qualificação de estudantes e profissionais nas áreas relacionadas ao projeto, principalmente biotecnologia, genômica e bioinformática, seja no Brasil ou no exterior.
No futuro, a rede do INCT poderá ser utilizada não apenas para a geração de ativos biotecnológicos aplicados à seca e pragas em soja, algodão e milho, mas também para outras características agronômicas importantes (qualidade de sementes e frutos, aumento do valor nutricional e outros) e importantes culturas para o agronegócio brasileiro.